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Guia Práticas Recomendadas em IPI

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Maria José Baldaia Madeira

Mensagem da Presidente da Direção

Intervenção Precoce, um caminho…

Já foi há mais de trinta anos, que iniciámos este caminho, o qual nem sempre foi fácil… mas fomos caminhando.

Além de se envolver os serviços de educação, saúde, segurança social e as comunidades preparámos formação e percorremos todos juntos um caminho que tinha como grande objetivo a melhor resposta a ser dada às crianças/família, com deficiência ou risco ambiental, nos seus contextos naturais.

Fizeram-se muitas ações de formação, seminários, encontros nacionais… onde todos juntos, aprendemos, partilhámos conhecimentos e experiências e neste percurso também envolvemos especialistas de renome nacionais e estrangeiros. Sempre com o sentido de implementar as Boas Práticas.

O distrito de Coimbra ficou coberto com equipas locais e houve necessidade, pelas várias solicitações, de nos tornarmos mais autónomos e assim surge em 1998 a ANIP – Associação Nacional de Intervenção Precoce e o caminho foi-se construindo… E a família ANIP vai crescendo, juntam-se as equipas concelhias de Aveiro.

Outras respostas se vão criando, dando resposta às necessidades que vão surgindo, nomeadamente, a Consulta de Desenvolvimento na Comunidade, nos contextos familiares; CAIPDV – Centro de Apoio à Intervenção Precoce na Deficiência Visual que dá uma cobertura não só ao distrito de Coimbra como à região Centro e o Centro de Formação que é uma referência para o desenvolvimento de profissionais em Intervenção Precoce.

No segundo Encontro Nacional de IP, em 1992, constituiu-se a Associação Portage com o envolvimento do saudoso professor doutor Bairrão Ruivo, grande impulsionador e investigador nesta área. Mais tarde, esta Associação, de âmbito nacional foi incorporada na ANIP.

A ANIP dá mais um grande passo no seu caminho e assina um Protocolo com o CHUC e assume a Creche e o Jardim de Infância nas instalações da Maternidade Bissaya Barreto.

O caminho continua… “Seminário Espaços para a Infância” e assinatura de protocolo com a Câmara Municipal de Coimbra para o Jardim da Sereia com o Projeto “Serei(a) no Jardim” com o apoio da Universidade de Aveiro.

A família ANIP vai crescendo e organiza-se o “Dia ANIP” espaço de convívio e partilha, onde todos os anos os quase 60 profissionais se juntam.

Várias publicações, nomeadamente “O que vês. O que vejo”, prémios e menções honrosas recheiam o nosso percurso.

Mais um grande marco nesta trajetória: o Projeto “IM2 – Intervir Mais, Intervir Melhor” com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian e o envolvimento de todos os especialistas Nacionais e Universidades a trabalhar nesta área, com o envolvimento do SNIPI, do qual resultou a publicação “Práticas Recomendadas em Intervenção Precoce – um Guia para profissionais”.

Foi feito um protocolo com a EURLYAID – European Association of Early Intervention, para a tradução do Guia para profissionais, para Inglês, para ser disseminado pelos profissionais europeus a trabalhar nesta área e que está a ser traduzido em mais de 10 línguas.

O apoio às famílias, sempre presente, com respostas inovadoras. O PaisPar, “Pais em Partilha”, destinado a famílias com crianças com autismo, é um dos exemplos.

Foram trinta e dois anos muito ricos e repletos de vivências, dos quais 23 feitos com e pela ANIP, sendo difícil mencionar todos os projetos e experiências. Não posso deixar de fazer referência à BIA – Bolsa de Ideias ANIP que certamente irá criar mais ideias e Projetos.

As nossas preocupações continuam… e assim, na caminhada para a terceira década da ANIP queremos: dar continuidade à defesa e disseminação de boas práticas; capacitação da organização e colaboradores; fortalecer a sustentabilidade da ANIP e a sua internacionalização, com a equipa formidável que temos, o esforço coletivo, e com o fato de sermos uma família unida que se respeita, acredita e não desiste com facilidade!

Um muito obrigada a todas as pessoas e entidades que nos têm apoiado e a todos aqueles que vestem a “camisola ANIP”! Só assim, tem sido possível fazer este caminho.

Maria José Baldaia Madeira

Abril-2021